Alberto dos Santos Ceolin chega ao Fórum de Vitória
Foto: Guido Nunes
Morreu na noite de quinta-feira (15) em Linhares, região Norte do Espírito Santo, o empresário Alberto dos Santos Ceolin. De acordo com a família, Ceolin sofreu um ataque cardíaco fulminante.
O corpo foi velado na capela da Igreja Velha, no Centro de Linhares. O sepultamento aconteceu por volta das 16h de sexta.
O empresário tinha 62 anos e era acusado de ser um dos mandantes do assassinato do advogado Carlos Batista e do o ex-prefeito da Serra, José Maria Feu Rosa.
Em março deste ano, o empresário Alberto Ceolin começou a ser julgado pelo assassinato de Carlos Batista, mas o júri foi interrompido no dia 24 de março e seria retomado no próximo dia 15 de junho. O ex-prefeito da Serra, Adalto Martinelli, também era acusado de ser o mandante juntamente com Ceolin. O julgamento dos dois foi desmembrado e Martinelli foi julgado e condenado a 23 anos de prisão.
O filho do advogado Carlos Batista, Fabrício de Freitas Batista, disse que não esperava pela morte do empresário Alberto Santos Ceolin, apontado como um dos mandantes do assassinato do pai. Segundo Fabrício, a família dele esperava que Ceolin revelasse onde foi enterrado o corpo de Carlos Batista, desaparecido desde 1992.
Fabrício garante que antes de um dos julgamentos suspensos pela Justiça, o empresário o procurou para afirmar que não tinha envolvimento na morte de Carlos Batista, jogando a responsabilidade para o ex-prefeito da Serra, Adalto Martinelli - condenado a 23 anos pelo crime - e para o também empresário Antônio Roldi -já morto. Dos acusados de envolvimento na morte do advogado Carlos Batista, apenas o ex-prefeito da Serra Adalto Martinelli e o soldado Geraldo Antônio Piedade Elias, o Piedade, reintegrado à Polícia Militar, foram julgados. Ninguém sabe o paradeiro de outro envolvido - João Henrique Filho -, se ele está vivo ou morto.
Entenda
Vinculação. O caso do assassinato do advogado Carlos Batista de Freitas teria origem em outro crime: o duplo assassinato do ex-prefeito da Serra José Maria Feu Rosa e do seu motorista, Itagildo Coelho, em abril de 1990, em Itabela, na Bahia. Os dois foram executados a tiros quando seguiam para a fazenda de Feu Rosa.
Defesa. Segundo denúncia do Ministério Público, Carlos Batista foi contratado pelos supostos mandantes do duplo homicídio para defendê-los. A morte de Batista teria sido executada como queima de arquivo.
Encomenda. Adalto Martinelli e os empresários Alberto Ceolin e Antonio Roldi (que também já morreu, de causa natural) foram acusados de encomendar a morte de José Maria Feu Rosa.
Posse. Martinelli era, na época, vice-prefeito da Serra, e com a morte de Feu Rosa assumiu a chefia do Executivo. Chegou a ficar preso por oito anos em virtude da acusação.
Mais mortes. Depois do crime, houve diversas mortes de testemunhas, intermediários e executores. Em 21 de janeiro de 1991, no Norte do Estado, foram mortos Ademar Ferreira e Elpídio Coelho. A mulher de Elpídio, Carmem Sepulcro, também foi morta. O pistoleiro Valdecy Apelpheler foi carbonizado.
(Com informações da TV Gazeta)
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